Todos de pé logo cedo para aproveitar o último dia. Quem ainda não viu o Primeiro dia e o Maravilhas do Jalapão: segundo dia clica aqui . A Pousada era bem aconchegante e o café da manhã repleto de delicias caseiras. Mateiros é uma cidade pequena, e serve de apoio para os turistas que se aventuram nessa região do Jalapão. E para começar o dia um delicioso e reforçado café da manhã…



No Jalapão existem diversos fervedouros, de diferentes tamanhos. Estima-se que haja mais de vinte em toda a região, porém nem todos são abertos à visitação. Como são localizados em áreas particulares, paga-se uma taxa para entrar, que na época variava de R$10,00 a R$20,00. Também existe uma capacidade limitada de visitantes para entrar na água ao mesmo tempo, que é de 6 pessoas. E claro que para chegar até ele tivemos que caminhar por uma longa trilha…como sempre.

Nós viajamos no mês de julho e não encontramos outras pessoas em nenhum local que visitamos. O fervedouro que nós fomos é o Fervedouro do Ceiça, o primeiro a ser divulgado para o público e está entre os mais famosos do Jalapão.

O poço tem uma nascente principal e a intensidade da pressão é bem alta, fazendo com que os visitantes flutuem com facilidade. O fervedouro é redondo e cercado por bananeiras..a reação ao entrar é muito estranha, e é impossível não sorrir quando se percebe que está flutuando em uma piscina natural.

Você pode até tentar afundar, mas não consegue. A pressão exercida pela água é capaz de manter as pessoas flutuando sem nenhum esforço. Até tentei afogar o Rafa, mas não foi possível…

Que sensação deliciosa!! Uma experiência incomparável.

Seguimos então para conhecer a Comunidade Mumbuca e o Capim Dourado, uma planta do cerrado especificamente da região do Jalapão, que recebe esse nome devido a sua semelhança com o ouro. O povoado de Mumbuca fica a 35 km de Mateiros: foi fundada por negros escravos libertos que migraram do sertão baiano e se instalaram na região, com miscigenação indígena da etnia Xerente. “Mumbuca” significa “abelha azul”, espécie comum na região.


Ao chegarmos na comunidade fomos recepcionados com uma boa roda de viola, com instrumentos fabricados por eles, e claro que nosso amigo compadre violeiro quis experimentar. Na comunidade os homens cuidam das plantações e colheitas e as mulheres são responsáveis pelo cultivo do capim dourado e pela confecção das peças de artesanato. Existe uma pequena lojinha onde eles vendem as peças produzidas. São peças lindas, de excelente qualidade e com preços bem mais acessíveis do que em Palmas, na capital.

O capim dourado é protegido por diversas leis que regulamentam a maneira e a época da colheita para que não se extinga. Também não é permitido a retirada dele da região sem ser na forma de artesanato. Esse capim é hoje motivo de orgulho para os Tocantinenses.
Pausa para um lanchinho…paçoca de carne!!

E seguimos para nossa última e na minha opinião a mais sensacional atração: Cachoeira da Formiga.

A água maravilhosamente límpida e com a temperatura super agradável transformam o local num ponto perfeito para banhos. A piscina de águas transparentes tem aproximadamente oito metros de diâmetro e fica cercada por uma vegetação nativa.



E foi com esse lugar paradisíaco que encerramos nossas aventuras no Jalapão. A viagem de volta até Palmas foi longa e cansativa, com direito a carro quebrado e algumas horas na estrada esperando ajuda… mas tudo resolvido com muito bom humor, afinal, depois de dias tão incríveis e revigorantes não era qualquer coisa que iria nos abalar. Jalapão é um lugar rústico, sem muita estrutura, por isso a necessidade de ir acompanhado de guia. Vale também repetir aqui que fizemos essa viagem em 2011, não sei como está atualmente… precisamos voltar para analisar…
Beijos de paz e gratidão …
Lara Beatriz
gostei muito…queria entrar nessa água!!!
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delicia de passeio!
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