Durante nossa viagem pela Espanha, não poderíamos deixar de conhecer Sevilha, localizada na Andaluzia e a quarta maior cidade do país.

Ficamos hospedados no Hotel Melia Lebreros, que além de elegantíssimo e muito luxuoso fica também muito bem localizado. O local é realmente deslumbrante e muito confortável. E estava lindamente decorado para o Natal.



Em nossa primeira noite passeamos à pé pelas redondezas do hotel, uma rua bem movimentada, com grandes lojas, um shopping center e uma loja El Corte Inglês, uma grande cadeia espanhola de lojas de departamentos com grandes marcas.
Depois de caminhar por quase uma hora, decidimos comer alguma coisa no shopping. Provamos burritos e serranitos 😋😊


E antes de dormir ficamos no hall do hotel conversando, ou melhor, ouvindo as histórias e piadas de meu pai antes de subir para o quarto 🥰 Como é bom desfrutar esses momentos! Viajar com eles, conhecer esses lugares tão encantadores é algo indescritível. Só me resta agradecer a Deus, sempre 🙏🏻❤️

Dizem que Sevilha é a Espanha dos sonhos, mas também dos prazeres profanos e das festas. Situada nas margens do rio Guadalquivir, a apenas 87 km do oceano Atlântico, possui o porto mais importante da Andaluzia. Embora o seu patrimônio monumental é o que atrai mais os visitantes, foi durante muito tempo um centro cultural de grande importância. Foi de Sevilha, do porto de Palos, que Colombo saiu à descoberta do Novo Mundo, tal como o legendário D. Juan saía de Sevilha para conquistar os corações femininos.

Fizemos um passeio de carro, passando pelos principais pontos turístico, como a Torre Del Oro , construída no começo do século XIII pelos Almóadas (dinastia árabe) como posto de vigilância, para evitar possíveis invasões pelo rio Guadalquivir, que atravessa a cidade. Hoje em dia ela abriga o Museu Naval, que conta a história de Sevilha como porto fluvial: na época das grandes navegações os navios chegavam do “Novo Mundo” trazendo tesouros, que eram descarregados junto à torre. Conhecemos também a ponte Isabel II e a ponte San Telmo.

Passamos pela Plaza de Espanã , impressionante projeto arquitetônico construído para a Exposição Ibero-Americana de 1929. Reproduz perfeitamente a arquitetura da época, sem esquecer o gosto árabe que invade toda a arte da Andaluzia, sendo um dos espaços mais espetaculares da cidade. Construída em tijolo e cerâmica, em forma semicircular, rematada por uma torre em cada ponta, parece estar de braços abertos acolhendo todos os que por lá passam. O grande chamariz da praça são os cinquenta e oito bancos decorados com magníficos painéis de azulejo, que representam os episódios históricos de cada província da Espanha. A Praça é aberta ao público e fica praticamente dentro do Parque de Maria Luisa, um dos pulmões da cidade, que inicialmente eram os jardins privados do Palácio de San Telmo. Foi doado ao povo em 1893 pela Infanta Maria Luisa, daí seu nome.

Depois seguimos a pé para conhecer o Barrio Santa Cruz, um antigo bairro judeu, com ruas de pedra e charmosas casinhas brancas, com varandas de ferro trabalhado, cheias de flores. As ruas são estreitas e sinuosas e sempre levam a um pátio, com bancos e muito arborizados. A maioria das árvores são laranjeiras. Existem vários cafés com mesas ao ar livre. Há também lojas de recuerdos, onde compramos lembrancinhas da cidade.



Na época da Páscoa, na Semana Santa, o Bairro abriga famosas e históricas procissões por suas ruas. Sevilha mantém o calor e a intimidade de uma pequena vila. Dizer que Sevilha possui uma rica história seria pouco: a cidade viu a glória do Império Romano, a luxuosa sofisticação da cultura muçulmana e a reconquista da Espanha por Fernando e Isabel. A reconquista de Sevilha pelos cristãos propiciou a construção de uma das maiores e mais extraordinárias catedrais do mundo. E lá fomos nós conhecer essa maravilha.

Já na chegada ficamos admirados com a grandiosidade da obra. Charretes enfeitadas estacionadas em frente a Catedral davam um charme ainda maior ao local.

A Catedral de Sevilha, também conhecida como Catedral de Santa Maria da Sede, é a maior da Espanha, e o terceiro maior templo do mundo, ficando atrás do São Pedro, no Vaticano e São Paulo em Londres (St Paul’s Cathedral). Foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO no ano de 1987. Acredita-se que a construção começou em 1401, porém não existem documentos de trabalhos realizados até 1433, e terminaram em 1507.

Neste templo encontra-se o corpo do famoso navegante Cristóvão Colombo, em um luxuoso mausoléo e o do Rei Fernando III de Castela, canonizado em 1671 como São Fernando. O mistério sobre a veracidade dos restos mortais de Colombo foi resolvido apenas em 2006, quando uma descendente doou sangue para realizar o exame de DNA. Tanto Cuba quanto a República Dominicana alegam a veracidade dos restos mortais de Colombo, o que ainda gera certo suspense. De qualquer forma, nem um dos dois países quiseram confirmar o exame com os supostos restos mortais que eles guardam.

Para fazer um tour por toda a catedral pagamos um ingresso de € 8,00, dinheiro muito bem gasto, pois o local é deslumbrante. Sabe aquelas construções que te fazem viajar e pensar em como tudo foi construído? Que dói o pescoço de tanto ficar olhando o teto? Foi isso que senti durante toda a visita. No início há uma exposição de obras e pinturas sevilhanas. Em seguida, ao entrar de fato na Catedral, várias capelas dão vida ao lugar. A riqueza de detalhes esculpidos em todos os lugares é inacreditável.


Demoramos quase duas horas para conhecer todo o interior da catedral, acompanhado da guia, que explicava cada detalhe. Eu e o Eduardo decidimos subir a torre da Catedral, conhecida como Giralda, enquanto meu pai e tia Lenita aguardaram no pátio da Catedral, um lugar acolhedor, repleto de laranjeiras 🍊e bancos conhecido com Pátio de los Naranjos, local onde os muçulmanos faziam a purificação espiritual.

Não imaginei que seria tão difícil subir 😩 São 31 lances com rampas, pois na época dos mouros o responsável para tocar o sino subia à cavalo. Parei a cada lance para descansar, e quando via que ainda estava longe, pensava em desistir. A motivação é a vista deslumbrante pelas janelinhas espalhadas pelo caminho. 👊🏻💪🏻





E para não perder o costume, almoçamos uma deliciosa paella acompanhada de vinho tinto…😊😋


Dando continuidade á nossa viagem, seguimos até a Costa do Sol, no litoral, passando por Ronda. Me despedi de Sevilha encantada. Apesar de ser uma grande cidade, Sevilha mantém o calor e a intimidade de uma pequena vila. É uma cidade viva, cheia de cor e alegre. Parti encantada e agradecida por mais essa experiência 🥰
Beijos com carinho ❤️💋
Lara Beatriz 🌹😘